sábado, 10 de outubro de 2009

Rio 2016, Olimpíada dos brasileiros ou para gringo ver?




R$ 24 bilhões. É mais ou menos isso (mais pra mais do que pra menos) que será investido por governos municipal, estadual e federal para a realização da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

Construirão ginásios muito bons. Reformarão o Maracanã e outras praças esportivas. Darão importância a esportes pouco conhecidos no Brasil. Prometem um novo Rio. Uma cidade revitalizada em sete anos.

Corrigirão todas as falhas no trânsito, saneamento básico e da organização urbana da cidade que é o principal cartão postal do país.

Os projetos são fantásticos. Darão uma estrutura de primeiro mundo em um município que ilustra tão bem como é uma cidade grande de um país subdesenvolvido: desigual socialmente. O que me preocupa nessa história toda é que foi preciso conquistar o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo para poder pensar em melhorar a cidade.

Os governantes que promovem toda essa euforia de vitória por nada, estão preocupados em apresentar um novo Rio de Janeiro aos moradores daquela cidade ou querem impressionar os milhões de visitantes do exterior? Será que as intervenções feitas na cidade serão realmente úteis, assim como o parque aquático Maria Lenk (pouco aproveitado, com poucos eventos e já necessitando de reforma)?

Quantas outras Olimpíadas precisarão acontecer no Brasil para que outras cidades possam sonhar com dias melhores? As capitais e as grandes cidades terão preferência.

Imagino quando um lugar pequeno, com poucos moradores, e por consequencia poucos eleitores, poderá um dia esperar por um desenvolvimento social e estrutural como o que prometem para a Cidade Maravilhosa.

Longe de mim desmerecer a importância do lugar, mas que o Brasil precisa de um desenvolvimento igual para todos isso sim é verdade. Porque já passou da hora de nos contentarmos em ver um mundo perfeito apenas nas telas da TV. Temos que acreditar que a realidade do país pode ser melhor em qualquer bairro chique ou qualquer favela, em qualquer rua. Em cada lugar que haja um brasileiro.

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