quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O pré-sal é nosso, as assessoras não




Não sei se vocês estão sabendo das últimas sobre economia e política do Espírito Santo, mas acho que todos aqui já ouviram falar do pré-sal. Ao que parece, ou nos fazem acreditar que, este petróleo encontrado em alto mar pode ser a solução para muitos problemas das regiões onde o extraem.

Agora, engana-se quem acha que esse assunto é exclusividade de terras capixabas. Dias desses o Governo Federal sancionou um decreto de lei criando a Pré-Sal S.A., empresa com o fim de administrar toda exploração e venda deste mineral. Se a questão se resumisse a isso seria ótimo. Acontece que políticos espertalhões, demagogos também, aproveitaram o tema para fazer uma grande média com seus colégios eleitorais.

Tem deputado e senador por aí dizendo que os royalties desse produto, abundante em mares do Rio de Janeiro e Espírito Santo, devem ser divididos com os outros vinte e cinco Estados da Federação. Tem lugar que nem é banhado pelo Atlântico.

Para discutir esse impasse, a Câmara de Vereadores de Vitória reuniu o alto escalão da cidade. Líderes comunitários, empresários, secretários municipais, prefeito e as assessoras de imprensa. As assessoras são imprescindíveis. Bem, havia uma quantidade grande delas, mas durante aquelas intermináveis horas de discursos não consegui atentar a nada além daquela jornalista que acompanhava algum dos palestrantes.

Salve Nossa Senhora da Penha, padroeira das jornalistas! Que sempre conserve esse um metro e sessenta centímetros de pura beleza e elegância. Nem me importa sua competência em assessorar políticos. O que vale é aquela pele clara, olhos verdes, cabelos castanhos, corpo sinuosamente desenhado e coberto por um vestido que abre um decote que me castiga pelo corte que fica no limite entre o sensual e o conservador.

Certamente foi ela o motivo do candidato a governador descer da mesa de honra para cumprimentar algumas pessoas da plateia e a dar dois beijinhos naquela face discretamente maquiada. Sim, leitores, aquele político desceu duas vezes a tribuna, apertou muitas mãos e na vez dela fazia questão do cumprimento mais próximo. Não o recrimino, pelo contrário, o invejo. Por alguns minutos quis ser um político importante. Mas sobre o quê estávamos falando mesmo? Ah, sim, o pré-sal. Nada foi resolvido. Nada foi explorado em alto mar e continuamos tão longe das riquezas daqueles poços de petróleo quanto a mim daquela linda assessora de imprensa, de olhos verdes, pele clara, curvas, muitas curvas e um decote.

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