
Quando resolvi criar um blog, pensei em dar minha opinião sobre assuntos de todos os tipos. Sobre temas do meu cotidiano e coisas que não tenho a menor idéia do que estou falando. E enquanto estou nos primeiros textos, devo por bem dizer que tenho claro três assuntos de que não pretendo falar. Não por não saber o que dizer, mas porque são temas mais espinhosos. Alguém pode me interpretar mal e pensar bobagens depois.
Parto dessa idéia, pois acredito que na vida existem coisas que são como o umbigo (e outras partes do corpo também), cada um tem o seu. E cada um trata o seu como bem entende. Por isso, farei um grande esforço para não falar de Futebol, Política e Religião.
Um esforço imenso para não comentar sobre a maior torcida do mundo. Minha vontade de conhecer o Maracanã e de ir a uma Copa do Mundo. E não farei piada das peladas aqui na praia. Dos torneios em campo de terra batida. Não falarei sobre aquele jogador que é melhor do que Eto’o. Daquela mulher que xinga o árbitro do primeiro ao último minuto do jogo. Sobre como deve ser chato torcer por um time sem tradição, que não enche os estádios em qualquer cidade do Brasil. Mas vou me segurar mesmo para não criticar os famosos cartolas. As falcatruas. Os desvios que eles fazem nos cofres dos clubes. Dos empresários que vendem garotos de dezesseis anos ou menos como mercadoria qualquer.E não vou comentar como seria bom se os estádios daqui fossem iguais aos da Europa. Sem alambrado. Sem grades. Todo mundo no seu devido lugar e sem brigas (se bem que lá acontecem algumas).
Agora, há um tema em que eu seria totalmente pessimista: a política. Não há como ver o lado bom sendo que a balança sempre pende para o lado negativo. Mas vou deixar para os jornalistas sérios e os analistas que são pagos para isso, para comentar sobre senadores que pagam as despesas das amantes com dinheiro público. Deputados que contratam a família toda, e ainda assim eles nem aparecem para ao menos assinar o ponto. Nem quero pensar naqueles políticos que vendem o voto. E aqueles que dizem que não sabem de nada, sendo que tudo aconteceu no seu próprio gabinete. Não quero falar sobre aquele que muda da esquerda para a direita e ainda se considera uma “metamorfose ambulante”. Nem espere aqui uma linha sequer sobre a minha tristeza em ver hospitais lotados de pessoas sem a mínima atenção. Escolas sucateadas. Estradas esburacadas. Guerras nas favelas. Crianças pedindo dinheiro no sinal.
Já o terceiro assunto eu tenho boas linhas a escrever. Poderia contar como era bom fazer parte de um grupo de jovens. Mas aí viria a tristeza em lembrar como e de que forma foi que ele terminou. Seria até legal falar do tempo do catecismo, da primeira comunhão e da (do) crisma. Não seria nada mal escrever sobre o respeito que tenho por cada religião. Acredito que todas tenham uma contribuição em nossa raiz cultural. Porém, teria que contar o que acho de medidas ou tradições às vezes ultrapassadas e outras meio duvidosas da religião a qual faço parte que é a Católica, e das demais. Por exemplo, do Papa que não é pop. Dos pastores que enriquecem enquanto seus fiéis ficam a cada semana mais pobres. Das galinhas pretas na encruzilhada e da autoflagelação.
Enfim, não digo que nunca falarei sobre esses três temas. Mas têm assuntos muito mais agradáveis de comentar e espero que entendam meus motivos. Já que polêmica e discussão não é comigo.
Um comentário:
Uai parou de postar pq?
BJus!!
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