
Depois de muitos meses, acho que anos, volto ao cinema. Não agüentei esperar pelo dvd nas locadoras, muito menos no camelô lá do centro da cidade. O preço do ingresso não é nada popular, mas desde Novembro, quando li a notícia no jornal que aguardo com ansiedade a estréia do filme o Caçador de Pipas (The Kite Runner). Queria ver em tela grande a materialização do livro que mais me deu prazer em ler no ano de 2007.
Ainda hoje não entendo muito bem o que fez esse livro se tornar um sucesso de público e crítica. Ele tinha tudo para dar errado e ser visto com maus olhos nos Estados Unidos, onde foi lançado. O autor, Khaled Hosseini, usou como cenário de fundo o Afeganistão e teve a ousadia de publicar o livro no ano de 2003, dois anos depois de iniciada a invasão americana naquele país. Cuja intenção (pelo menos a oficial) foi a de derrubar o governo talibã e encontrar os terroristas ali refugiados.
Mas o livro é um recordista em vendas, e para mim o cenário tem grande importância no sucesso do livro e principalmente no filme. As montanhas, a neve e o solo com aspecto de deserto daquele país, são uns dos principais elementos para criar nesta história um ar de ineditismo. Acrescenta-se ainda ao enredo a cultura afegã. A divisão do povo em castas, o homem, o pai, como centro da família e, claro, a religião. Sem esquecer das pipas e as competições entre os garotos de Cabul.
E é em torno dessas disputas, para ver quem era o melhor empinador de pipa, que se passa a infância de Amir e Hassan os personagens principais do filme. Mas esta filmagem, com produção americana, e narrada em sua maior parte em língua afegã conta não só a cultura e paisagens de um lugar, mas também fala de sentimentos. Fala de temas que em sua maioria podem ser considerados clichês.
Toda história de Amir é marcada por honra. Alegria. Respeito. Covardia. Lealdade. Amor. Discriminação. Tradição. E vontade de reparar o passado. E principalmente esta última razão que faz o personagem principal, já na idade adulta, largar sua vida estabilizada que mantinha em outro país, para retornar a sua terra natal e descobrir sua verdadeira história. A necessidade de corrigir os erros que cometeu quando criança, o faz se arriscar em meio a uma guerra civil para resgatar parte do que era desconhecido em sua vida.
Esta viagem o faz resgatar o orgulho próprio, perdido quando ainda jovem. O faz ter a coragem tão cobrada por seu pai. Ele aprende a se defender.
Entretanto, com toda tecnologia a seu favor e a atuação perfeita de cada ator, a película não conseguiu alcançar toda a plenitude do livro. No papel há mais diálogos, e diálogos importantes que no cinema passam batidos por quem assiste. Para mim, o livro sem dúvidas é mais completo. Por isso, recomendo: leiam o Caçador de Pipas, em seguida assistam ao filme. Nesta ordem, senão não tem graça.
Ainda hoje não entendo muito bem o que fez esse livro se tornar um sucesso de público e crítica. Ele tinha tudo para dar errado e ser visto com maus olhos nos Estados Unidos, onde foi lançado. O autor, Khaled Hosseini, usou como cenário de fundo o Afeganistão e teve a ousadia de publicar o livro no ano de 2003, dois anos depois de iniciada a invasão americana naquele país. Cuja intenção (pelo menos a oficial) foi a de derrubar o governo talibã e encontrar os terroristas ali refugiados.
Mas o livro é um recordista em vendas, e para mim o cenário tem grande importância no sucesso do livro e principalmente no filme. As montanhas, a neve e o solo com aspecto de deserto daquele país, são uns dos principais elementos para criar nesta história um ar de ineditismo. Acrescenta-se ainda ao enredo a cultura afegã. A divisão do povo em castas, o homem, o pai, como centro da família e, claro, a religião. Sem esquecer das pipas e as competições entre os garotos de Cabul.
E é em torno dessas disputas, para ver quem era o melhor empinador de pipa, que se passa a infância de Amir e Hassan os personagens principais do filme. Mas esta filmagem, com produção americana, e narrada em sua maior parte em língua afegã conta não só a cultura e paisagens de um lugar, mas também fala de sentimentos. Fala de temas que em sua maioria podem ser considerados clichês.
Toda história de Amir é marcada por honra. Alegria. Respeito. Covardia. Lealdade. Amor. Discriminação. Tradição. E vontade de reparar o passado. E principalmente esta última razão que faz o personagem principal, já na idade adulta, largar sua vida estabilizada que mantinha em outro país, para retornar a sua terra natal e descobrir sua verdadeira história. A necessidade de corrigir os erros que cometeu quando criança, o faz se arriscar em meio a uma guerra civil para resgatar parte do que era desconhecido em sua vida.
Esta viagem o faz resgatar o orgulho próprio, perdido quando ainda jovem. O faz ter a coragem tão cobrada por seu pai. Ele aprende a se defender.
Entretanto, com toda tecnologia a seu favor e a atuação perfeita de cada ator, a película não conseguiu alcançar toda a plenitude do livro. No papel há mais diálogos, e diálogos importantes que no cinema passam batidos por quem assiste. Para mim, o livro sem dúvidas é mais completo. Por isso, recomendo: leiam o Caçador de Pipas, em seguida assistam ao filme. Nesta ordem, senão não tem graça.
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